Dois aviões Airbus A340, originalmente destinados a voar da Lituânia para o Sudeste Asiático, aterrissaram misteriosamente no Irã, levantando questões sobre a segurança e a legalidade das operações aéreas internacionais. Os aviões, pertencentes à empresa de leasing Macka Invest, com sede na Gâmbia, tinham como destino final o Sri Lanka e as Filipinas, mas acabaram em Teerã e Chabahar, respectivamente.
Ao entrarem no espaço aéreo iraniano, os transponders das aeronaves foram desligados, dificultando o rastreamento de suas localizações. Esse movimento permitiu que a companhia aérea iraniana Mahan Air adquirisse os aviões, contornando as sanções econômicas dos Estados Unidos devido ao programa nuclear do Irã.
A diretora do Aeroporto de Šiauliai, Aurelija Kuezada, revelou que um terceiro avião foi impedido de decolar, pois havia suspeitas de que também poderia ser desviado para o Irã. “Não podíamos permitir que isso acontecesse novamente, então bloqueamos a decolagem quando soubemos que os outros aviões haviam pousado no Irã”, explicou Kuezada.
Este incidente não é isolado. Em 2022, quatro aviões comerciais Airbus A340, que partiram de Joanesburgo com destino ao Uzbequistão, também desligaram seus transponders e supostamente aterrissaram no Irã. As sanções econômicas têm dificultado a aquisição de novas aeronaves e peças de reposição pelo Irã, resultando em uma crise na aviação comercial do país.
A necessidade de aeronaves no Irã é crítica, com mais de 500 aviões parados devido à falta de peças. Esse cenário tem levado a um aumento nos acidentes aéreos, destacando a urgência de soluções para a aviação iraniana.
