A engenharia moderna transcende a simples aplicação de conhecimentos técnicos para resolver problemas específicos. Atualmente, espera-se que os engenheiros desenvolvam uma visão sistêmica do mundo, reconhecendo seu papel como agentes de transformação social. Este novo paradigma exige que os profissionais harmonizem competências científicas e tecnológicas com uma gestão ética e responsável.
A formação de um engenheiro socialmente responsável envolve a integração de habilidades técnicas com habilidades humanas, promovendo um relacionamento proativo e colaborativo. Essa combinação resulta na habilidade conceitual, essencial para coordenar e integrar todas as atividades e interesses de uma organização. Independentemente da especialidade, o engenheiro deve estar comprometido com o presente e o futuro da organização, contribuindo para um desenvolvimento sustentável.
O modelo de Responsabilidade Social Empresarial de Carroll, que inclui dimensões econômicas, legais, éticas e filantrópicas, serve como base para a formação desses profissionais. A adoção de uma “Nova Ética Social”, promovida pelo associativismo e pela ênfase na solidariedade, é crucial. Esse modelo prioriza a resolução de problemas sociais, a adoção de comportamentos éticos e a promoção da participação ativa, visando reduzir desigualdades e valorizar o trabalho humano.
As instituições de ensino desempenham um papel fundamental ao incorporar esses princípios na formação dos engenheiros. A introdução de conceitos como cidadania empresarial, desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental durante a formação acadêmica prepara os futuros engenheiros para enfrentar os desafios contemporâneos. Dessa forma, os engenheiros não apenas contribuem para o avanço tecnológico, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
